Frozen II | Crítica

A galera do Cinectus se juntou à turminha bem animada que lotou cinema em pleno domingo de sol para curtir o segundo longa de uma das franquias de maior sucesso da Disney: Frozen.

 

O longa que estreia no Brasil em 2/Janeiro/2020 vem sendo um sucesso de público nos países onde já está sendo exibido, mesmo concorrendo com um blockbuster como Star Wars: A Ascensão Skywalker

A trama é uma continuação do primeiro filme e vemos Elsa pouco à vontade no papel de rainha de Arendelle enquanto Anna, Kristoff e Olaf aproveitam o período de paz e tranquilidade do reino.

Até que fenômenos inesperados acontecem e uma força desconhecida obriga Elsa e seus amigos a partirem em mais uma aventura cheia de perigos e descobertas, na mesma linha do primeiro longa.

E vamos parando por aqui para evitar os spoilers. Vamos seguir com nosso tradicional “Curtimos / Não Curtimos“.

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CURTIMOS

Olaf: O personagem passou de “alívio cômico” a relevante na trama, sem perder as ótimas piadas. Na versão dublada, Fábio Porchat está perfeito emprestando sua voz para o carismático boneco de neve;

Anna: Outro personagem de evoluiu muito em relação ao primeiro filme, e a menina insegura agora está madura e pronta para defender sua irmã, seus amigos e seu reino;

Roteiro: A trama traz reviravoltas interessantes e que fogem um pouco dos clichês dos filmes infantis;

 

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NÃO CURTIMOS

Elsa: Esperamos que no provável próximo filme ela esteja mais segura de si e de seus poderes. Porque a irmã – que não tem poder algum – está colocando Elsa no bolso no quesito “c’mon, girl! Get this sh*t done!“;

Kristoff: Se não fosse uma animação poderíamos jurar ser um daqueles casos em que  o ator não acordou com o estúdio sua participação no próximo filme e quase não é notado em cena;

Trilha sonora: Se “Livre Estou” – apesar do enorme sucesso – não é um dos momentos mais felizes da Disney em termos de trilha sonora, esse segundo filme consegue a proeza de incomodar o espectador. Não apenas as músicas são sem graça mas também são inseridas sem critério no meio do filme, não ajudam a desenvolver a trama. Logo nos primeiros 20 minutos são umas 3 ou 4 músicas em sequência. Tem até uma boy band de alces. Felizmente parece que alguém de bom senso da produção gritou “Já deu!” e o restante do filme transcorre normalmente.

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E o veredicto? Vale enfrentar filas e as salas barulhentas para levar os pequenos ao cinema?

A resposta simples é SIM. Mesmo sendo inferior ao primeiro, agrada às crianças, tem piadas bem legais do Olaf e a qualidade de animação impecável padrão Disney.

Nota Cinectus: 7,0

Meu Nome é Dolemite | Crítica

Blaxploitation ou Blacksploitation foi um movimento cinematográfico norte-americano que surgiu no início da década de 1970. A palavra é um junção de black (“negro”) e  explotaition(“exploração”). 

Os filmes blaxploitation eram realizados por atores e diretores negros e tinham como publico alvo, principalmente, os negros norte-americanos. Algo parecido havia sido testado entre as décadas de 1910 e 1950, eram os chamados race films.

Um dos expoentes deste movimento foi Rudy Ray Moore, cuja cinebiografia estrelada por Eddie Murphy está disponível na Netflix e que já conferimos.

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A produção da Netflix conta com um elenco de primeira. Além do eterno “Tira da Pesada”, temos Wesley Snipes, Mike Epps, Keegan-Michael Key , Craig Robinson, Tituss Burgess, Da’Vine Joy Randolph e até uma participação especial de Snoop Dogg.

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E talvez este seja o grande “senão” do filme, porque com um elenco desses você espera uma comédia para rir até se acabar. Mas ao mesmo tempo é a cinebiografia de um artista importante para todos os atores negros que vieram depois, ou seja, a maioria do elenco. Deve então ser considerado um drama, sob o risco de termos uma reedição da polêmica envolvendo Green Book.

E aí cabe a pergunta: Meu Nome é Dolemite é uma drama ou uma comédia? Ou os dois?

Porque nos parece que para  Wesley Snipes disseram que era uma comédia, para Da’Vine Joy Randolph um drama e para Eddie Murphy que ele deveria alternar entre os dois estilos dentro de uma mesma cena.

Essa aparente confusão cobra um preço e o filme nos deixa aquela sensação que poderia ser bem melhor. Os elementos estão todos ali: biografado interessantíssimo, produção de qualidade e elenco talentoso. Mas o resultado final foi abaixo da expectativa.

Não que seja um filme ruim, longe disso. A indicação ao Globo de Ouro de melhor ator de musical/comédia para Eddie Murphy é merecida, mas nossa dica é curtir essa boa comédia, sem imaginar como seria legal se fosse um drama.

É para rir e não para pensar.

Nota Cinectus: 7,0

Star Wars: A Ascensão Skywalker | Crítica

Antes de falar sobre o fim da saga dos Skywalkers, esclarecemos que na nossa opinião é praticamente impossível que a conclusão de uma saga como Star Wars seja unânime entre os fãs. E pelas críticas e comentários na internet e o misto de aplausos e reclamações que percebemos ao final da exibição, parece que não somos os únicos.

Junte a isso as escolhas feitas em Star Wars: O Despertar da Força (2015) e Star Wars: Os Últimos Jedi (2017) e não sobra espaço para grandes reviravoltas na trama ou para que algum personagem que não seja da trilogia inicial conquiste corações e mentes do público.

Dito isso, vamos às nossas impressões sobre o filme (com alguns spoilers).

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Ele é repleto de referências bacanas aos episódios anteriores: personagens, planetas, objetos e até alguma frases foram pinçadas e cuidadosamente colocadas para ajudar a contar a conclusão deste clássico do cinema. E logo no início já descobrimos como Palpatine (Ian McDiarmid) “participa” da trama, o que é a melhor sacada do roteiro, pois retoma um personagem icônico e ameniza o efeito vilão Nutella do personagem Kylo Ren (Adam Driver – muito mal aproveitado).

Tecnicamente é muito bem feito e receberá indicações para Oscar técnicos como edição de som, mixagem de som e efeitos visuais. As cenas de ação são ótimas, sejam perseguições, batalhas de naves ou duelos de sabre – a luta mostrada no trailer entre Kylo Ren e Rey em meio a uma mar revolto, é emocionante e traz uma referência bem legal a Star Wars: O Retorno de Jedi.

E como não poderia deixar de ser…

 A Força está com

  • Rey (Daisy Ridley) – mesmo com um personagem mal construido, conseguiu passar sinceridade em uma interptretação honesta. Certamente veremos a atriz em alguma produção premiada em breve;
  • Leia Organa (Carrie Fischer) – Perfeita. Nem o falecimento da atriz impediu uma participação marcante no filme;
  • Poe Dameron (Oscar Isaac) – Não é Han Solo (Harrison Ford), mas cumpriu bem seu papel.
  • As referências a locais e personagens já bem conhecidos dos fãs, como o planeta Tatooine e a volta triunfante de Lando Carlissian (Billy Dee Williams) são o ponto alto do filme, como uma homenagem aos apaixonados pela franquia.
  • General Pryde (Ricard E. Grant) – O talentoso ator precisa de duas cenas para que o público fique ansioso pelo inevitável momento em que os Rebeldes  explodirão sua nave.

Foi para o Lado Negro

  • General Hux (Domhnall Gleeson de Ex-Machina (2014)) – Muito bom no filme anterior, tem uma participação ridícula neste filme. A culpa nem é do ator, é falha do roteiro mesmo;
  • Finn (John Boyega ) – Reprovado em carisma. Teve três filmes para cativar os fãs e não conseguiu. E fora das filmagens o ator só criou buzz na internet sobre o possível romance entre Finn e Poe, ou seja, vai ser lembrado por entrevistas e tweets, e não pela atuação;
  • Luke Skywalker (Mark Hamill) – Sua pequena participação no filme não faz jus ao personagem, e ainda sofreu com um visual bem tosco, com CGI do século passado.

Em resumo,  o filme é bom e entrega coisas bem legais que acertam em cheio nas referências tão amadas pelos fãs, mas peca em falhas graves no roteiro, que acabam por prejudicar o resultado final. E se não vai liderar nenhuma lista de melhor filme da série, também não vai disputar a lanterna com Star Wars: A Ameaça Fantasma.

Nota Cinectus: 8,0

Cópias – De Volta à Vida | Crítica

Quando este filme estrelado por Keanu Reeves entrou no catálogo do Netflix, resolvi que era hoje de dar uma chance a ele, mesmo sabendo que foi um fracasso de bilheteria e crítica. Afinal de contas, o trailer é bem feito, o protagonista é um bom ator e a trama promissora.

Mas como dizia a vovó: “de boas intenções o inferno está cheio” – ou a versão atualizada para o tempo atual de coaches, “no Everest há dezenas de cadáveres de pessoas motivadas, focadas e que resolveram sair da zona de conforto“.

Não basta um astro, um orçamento adequado e uma boa ideia sobre um filme. É preciso um roteiro bem escrito, uma direção competente e coadjuvantes minimamente entrosados.

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Os primeiros 15 minutos até são bons e mostram como o neurocientista interpretado por por Keanu Reeves está desenvolvendo uma tecnologia para transferir a consciência de pessoas praticamente mortas para organismos cibernéticos. Depois há a sequência onde sua família sobre um acidente gravíssimo e ele se defronta com o grande dilema da trama: É correto quebrar todos protocolos científicos – e várias leis – para tentar salvar a vida da sua família?

Mas depois o filme se perde e empilha uma série de situações absurdas e furos que causam risos ao invés da adrenalina sugerida pelo trailer. E o final além de muito previsível é inverossímel.

E como se não fosse suficiente, ainda pediram o robô de Eu, Robô (2004) emprestado.

Do elenco, digno de menção apenas Thomas Middleditch (da ótima série Silicon Valley) – que interpreta o auxiliar de Keanu Reeves e é o único que parece notar as situações absurdas apresentadas no filme.

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Então, se você é um grande fã do carismático e talentoso Keanu Reeves, não perca seu tempo – há filmes bem melhores com o ator no catálogo da Netflix, como John Wick (2014).

Nota Cinectus: 5,5

O Irlandês | Crítica do leitor

A turma que curte o Cinectus não dorme em serviço e já conferiu o esperado filme de Martin Scorsese, que estreia na Netflix em 27 de Novembro.

Mas se é uma produção da Netflix, como alguém conseguiu assitir nos cinemas? Teria assistido nos EUA? Teria feito um “download alternativo”?

Na verdade, desde Manchester à Beira-Mar (2016) da Amazon, os gigantes do streaming adotaram o procedimento de exibir seus grandes lançamentos em poucos cinemas e por um curto período de tempo antes da disponibilizá-los em suas plataformas. Isso permite que os filmes cumpram os requisitos de participação em prêmios como o Oscar.

A novidade é que esta iniciativa, antes restrita aos EUA e Europa, também foi usada no Brasil. Provavelmente o fato de sermos um dos maiores mercados da gigante do streaming tenha pesado na decisão.

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Mas indo direto ao ponto, nosso leitor Felipe Galeno já conferiu o filme e compartilhou conosco sua opinião.

   Martin Scorsese está velho. Aos 76 anos de idade e com 50 de carreira, o cineasta ítalo-americano já atingiu o status de “lenda viva” do cinema segundo a maioria dos críticos e espectadores. E talvez sejam exatamente essas décadas de experiência que possibilitam ao diretor encontrar tamanha sensibilidade na forma como ele trabalha a temática da velhice em seu novo longa, o aguardado O Irlandês.

É até curioso que um filme vendido como o grande retorno de Scorsese aos filmes de máfia comece num asilo para terceira idade. A câmera abre o filme vagando por entre os idosos até encontrar Frank Sheeran (Robert DeNiro), o irlandês do título, solitário e moribundo em uma cadeira de rodas distante. É a partir das memórias compartilhadas por esse senhor que a história retrocede alguns anos para contar seu envolvimento com a máfia americana, com a família criminosa Buffalino e o com o contexto do sindicalismo estadunidense nos anos 60.

O território temático não é novo para o diretor. Mesmo que seu último retrato da vida mafiosa tenha sido lançado em 1995, o assunto é uma das marcas registradas do cineasta e aqui ele já demonstra, desde o início, a habilidade que tem em retratar o universo do crime organizado com todas as suas conexões, nomes e regras. O que mais chama atenção talvez seja a paciência com a qual ele executa isso. Em um tempo em que o entretenimento é cada vez mais “frenético” para atender aos limites da atenção do público, Scorsese não se preocupa em deixar suas cenas seguirem um ritmo natural. Não que o diretor valorize um tempo morto; as cenas que preenchem as 3 horas e meia de duração nunca são despropositadas, mas isso não significa que precisem ser aceleradas.

Essa paciência só contribui para o trabalho meticuloso de reconstrução que o longa faz das memórias de Frank. Mesmo a ambientação dos cenários de época, por mais detalhista que seja, está lá sempre em função dessa história contada. Até mesmo o esmerado trabalho com os efeitos digitais no rejuvenescimento do elenco, que levou anos para ser desenvolvido, nunca está ali para ofuscar a narrativa e sim para contribuir. O leve estranhamento inicial que a computação gráfica gera pode ser compreendido como aquela imprecisão visual que uma lembrança costuma ter nas nossas mentes e, mesmo assim, não demora muito para que nos acostumemos com a versão mais jovem de DeNiro e embarquemos na jornada com ele.

A presença do ator veterano é, inclusive, importantíssima para o andamento do longa. O olhar austero e a voz serena do seu Frank Sheeran o distanciam e o aproximam do espectador ao mesmo tempo. Sentimos a frieza de sua personalidade mas nos envolvemos com ele mesmo assim e, no fim de tudo, sentimos todo o peso acumulado da sua jornada emocional. Por mais que em diversos momentos pareça que o longa está apenas retratando os acontecimentos pelos quais Sheeran passou na vida, aos poucos fica perceptível que há uma evolução emocional sendo feita através de pequenos detalhes. Uma troca de olhares com sua filha ou um breve momento de descontração com seu amigo Jimmy Hoffa (Al Pacino) vão influenciar no impacto emocional que os desdobramentos dessas relações vão ter no final.

DeNiro vai desaparecendo aos poucos nesse personagem e consegue manter a força sutil de sua performance mesmo nos momentos de interação com o resto do impecável elenco. As cenas de diálogos entre ele e Russ Buffalino, chefão da máfia interpretado por Joe Pesci, são um deleite para amantes da atuação sem nunca descambarem para o exagero. Pesci, que saiu da aposentadoria de 10 anos para esse filme, evita repetir os trejeitos típicos que marcaram sua carreira em outros papéis como mafioso. Seu Russ Buffalino é completamente diferente do icônico Tommy DeVito que interpretou em Os Bons Companheiros. O trabalho aqui é bem mais sereno, calmo, mas não menos poderoso por isso. O personagem conquista o domínio e o respeito sem nunca parecer ameaçador ou impulsivo. É uma imponência discreta que elevam o seu trabalho a um patamar único.

Outro grande nome que dá uma aula em termos de atuação é o experiente Al Pacino. Em sua primeira colaboração com Scorsese, o septuagenário demonstra um vigor de dar inveja em muitos jovens atores. Seu retrato do popular líder sindical Jimmy Hoffa é enérgico e impulsivo, contrastando com a energia estrita dos seus companheiros de cena. Ele consegue aderir um certo senso de humor nos seus acalorados diálogos que suaviza o longa em diversos momentos e cria uma conexão muito interesante do personagem não só com o meio retratado pelo filme, mas também com o espectador.

O desenrolar desses relacionamentos, auxiliado pelo irretocável trabalho de montagem da veterana Thelma Schoonmaker, vão revelando um interessante olhar mais contemplativo para o panorama da vida criminosa feita pelo grandiloquente roteiro de Steve Zaillian. Trabalhar na máfia aqui não é algo glamoroso como era em alguns clássicos do subgênero. O jogo pelo poder não é a garantia de um prazer desregrado pra esses personagens. Pelo contrário: por vezes, essa vida prejudica suas relações e os obriga a fazerem coisas que eles não querem. Ainda assim, os conflitos viris pelo domínio parecem a única alternativa para eles. Não há como viver essa vida sem se comprometer por completo, assim como também não há como abandonar tudo de uma hora para outra.

E é nos momentos finais, com a observação da vida do velho Sheeran depois de tudo, que o filme encontra a sua maior força. É na incompletude da conclusão, no vazio deixado após todos os anos de jornada, que Scorsese reconhece o sentimento agridoce da velhice. Não há uma mensagem panfletária ou moralista, nada de “o crime não compensa”. Porém, ao colocar a solidão senil como a maior consequência da vida mafiosa, o diretor está praticamente falando sobre o quão irrecompensante e triste o crime pode ser no fim das contas. Scorsese fez mais uma obra prima sobre a máfia, só que, dessa vez, uma com muito mais melancolia e solitude do que de costume.

Se já estávamos ansiosos, a crítica do Felipe só aumentou a expectativa para semana que vem – quando estará disponível na plataforma de streaming.

E você? Assistiu algum filme e quer compartilhar sua opinião? Envie um e-mail para a gente: contato@cinectus.com.br.

 

Projeto Gemini | Crítica

O grande apelo de Projeto Gemini, novo longa do diretor Ang Lee, é assistir Will Smith rejuvenescido digitalmente contracenando consigo mesmo. Na trama, o ator interpreta um assassino de elite a serviço dos EUA que após uma última missão antes da aposentadoria, vira alvo de uma operação de “queima de arquivos”.

A tecnologia que suporta o filme é o 3D+ em HFR (High Frame Rate) já usada em O Hobbit: Uma Jornada Inesperada, e que segundo a produção de Projeto Gemini, foi aprimorada para conferir ainda mais realismo à obra. Gravado em 120 frames por segundo (FPS), resolução 4K e com o uso de câmeras 3D, poucas salas mesmo nos EUA serão capaz de reproduzir o filme com total fidelidade.

Assistimos em IMAX e podemos atestar que o aumento de qualidade nas imagens é perceptível mesmo que a sala não seja capaz de reproduzir em resolução máxima. Além disso, o efeito de “clonagem” do ator é impressionante. Não é perfeito mas é o mais próximo disso que a indústria do cinema já produziu. A cena em que o Júnior chora emociona não pelo lado do drama mas sim por nos fazer pensar onde esta tecnologia pode levar a indústria.

Agora você deve estar pensando: “– Ok, mas e o Deepfake?

É realmente triste que usem tecnologia para este tipo de coisa, mas preferimos viajar pensando em como seria um filme com Jack Nicholson atuando com 20, 40 e 80 anos do que em sextapes falsas de Gal Gadot, Emma Watson ou pronunciamentos “polêmicos” de Barack Obama.

Mas a questão se a tecnologia está na frente do talento dramático, do suspense ou mesmo de um roteiro bem escrito – nós respondemos com um grande NÃO!

Filmes como O Grande Ditador , Tempos Modernos ou O Poderoso Chefão apesar de visualmente datados, são mais modernos que a imensa maioria dos filmes atuais.

Talento e criatividade são insubstituíveis.

Voltando ao filme, Ang Lee fez um filme com cenas de ação bem bacanas, roteiro sem furos e o cuidado visual típico de suas obras. Mas apesar de um começo interessante, com 20 minutos de projeção os clichês comçam a se acumular, um após o outro. Só o carisma e a atuação sempre competente de Will Smith seguram o ritmo.

 

Os coadjuvantes também ajudam. Tanto Mary Elizabeth Winstead (que será a Caçadora em Aves de Rapina) quanto Benedict Wong (de Dr. Estranho) tem boa participação. E Clive Owen interpreta um vilão totalmente previsível mas sem passar vergonha.

No geral, o filme vale o ingresso na sala de cinema com melhor som e imagem que houver na sua cidade. É um thriller de ação bacana, mesmo que no meio você já saiba quase tudo que vai acontecer.

Nota Cinectus: 7,0

Coringa | Crítica

A galera se apressou e já foi conferir “Coringa” – diga-se de passagem em uma sala de cinema surpreendentemente vazia, dado todo o hype em torno dessa nova interpretação do arqui-vilão do Batman.

Vamos começar antecipando o que não esperar do filme. Não apenas para ajustar a expectativa ou até para decidir não ir ao cinema por enquanto.

  • Não aparece no filme o Batman – ou qualquer outro herói da DC. A ação se passa em Gotham City antes mesmo de Bruce Wayne se tornar o herói
  • Não há comparação com as interpretações de Jack Nicholson ou Heat Ledger. Não é uma questão de melhor/pior. São propostas completamente diferentes. Qualquer um que tente comparar os três, ou não entendeu os filmes ou só quer causar polêmica e ter pra si um pouco de holofote.
  • É um filme perturbador. A loucura do protagonista acaba ironicamente por ressaltar o egoísmo, a indiferença e a crueldade comuns em nossa sociedade “normal”. Em resumo: não há final feliz nem mensagem de esperança antes dos créditos.
  • Não é um filme de heróis. É um thriller psicológico – muito mais parecido com Um Dia de Fúria (1993) que com Batman Begins (2005)

Dito isso, você deve estar se perguntando:

“E aí, curtiu o filme?”

É um filmaço! Melhor obra da DC depois do icônico “Cavaleiro das Trevas” (melhor filme de heróis já feito).

Joaquin Phoenix tem uma performance impressionante. Daquelas sobre a qual irão falar em 20 talvez 30 anos. Até a risada característica do Coringa ele criou uns 3 ou 4 tipos diferentes para cada situação.

Há algumas homenagens sutis mas emocionantes aos atores que interpretaram o personagem antes. E até para Charles Chaplin e o clássico Tempos Modernos (também uma crítica social ao seu tempo)

A direção é muito boa. O filme tem ritmo, algumas sequências clássicos instantâneos, como a dancinha na escadaria.

E uma trilha sonora repleta de clássicos standards americanos, escolhidos a dedo para ajudar a contar a estória.

Elenco muito correto, suportando e abrindo espaço para o solo virtuoso de Phoenix, inclusive os veteranos Robert De Niro e Frances Conroy.

E se mesmo o tom sombrio do filme no final não te agradar, put on a happy face e saia do cinema com a certeza que assistiu a atuação vencedora do Oscar de melhor ator em 2020.

Pode nos cobrar se estivermos errados. Ele não vai bater na trave pela quarta vez

Nota Cinectus: 9,0

Divaldo: O Mensageiro da Paz | Crítica

O Cinectus foi conferir e se emocionar com a cinebiografia do médium e trabalhador social Divaldo Franco.

A obra conta da infância em Feira de Santana – BA até a idade adulta em Salvador e o início do trabalho que originou a obra social Mansão do Caminho. Como é praxe em biografias, concluiu com um resumo impressionante do trabalho de Divaldo, seja em livros publicados, palestras e o mais importante: pessoas atendidas pela instituição.

É um filme sobre o poder arrebatador do amor. O amor em sua forma mais pura, incondicional. Aquele amor que não escolhe raça, credo ou condição social. O amor caridoso, porque como ele mesmo frisa: “Sem caridade não há salvação“.

Ao olhar dos que conhecem, mesmo que superficialmente, a doutrina espírita, Divaldo é um bálsamo. Uma luz esperançosa de um ser humano comum que dedicou sua vida à caridade. E a produção faz jus ao biografado. O roteiro é bem amarrado, com uma curva dramaturgica bem costurada, elenco afinado e direção ligeira de Clovis Mello, com toques de humor, bem característico de Divaldo. Para os que são simpáticos ao tema mas ainda conhecem pouco, é uma maneira leve de se aprofundar.

No elenco destaque para Ghilherme Lobo (que já havia se destacado em Hoje Eu Quero Voltar Sozinho ) e Laila Garin (a Marcela da série da Netflix 3%). O primeiro transmite todos os conflitos e dificuldades de um jovem diante de missão tão grandiosa e a atriz traz uma interpretação emocionante do adjetivo mãe.

 

O único senão da produção é o excesso de exposição dos preceitos espíritas em alguns momentos – que tornam a obra mais lenta e podem incomodar os que foram ao cinema apenas para conhecer a vida de um ser humano especial e que ainda está entre nós (impressionantes 92 anos !!!).

De qualquer forma, é sempre uma inspiração voltar para casa do cinema com uma mensagem positiva de esperança.

Nota: 9,0 (para espíritas e simpatizantes) / 8,0 (público em geral)

IT: Capítulo 2 (2019) – Cinectus já viu!

Lembro que IT, apesar de ser ainda hoje uma grande obra prima de Stephen King (um clássico do terror), isso não se refletiu no filme de 1990, dividindo opiniões até virar um cult.

Quando anunciaram a refilmagem da obra, a expectativa era bem alta e ficamos torcendo para que dessa vez – com a possibilidade de colocar efeitos especiais assustadores utilizando a tecnologia que evolui bastante de lá pra cá – o filme se tornasse um verdadeiro clássico do terror. Felizmente isso quase aconteceu, pois o diretor Andy Muschietti junto icom os roteiristas Chase Palmer , Cary Joji Fukunaga e Gary Dauberman construíram um filme assustador, com um toque especial da nostalgia dos anos 80 (seguindo a mesma linha de Stranger Things) e nos proporcionando momentos de horror e tensão, despertando até a coulrofobia escondida em cada um (medo de palhaço).

O primeiro filme contava com um elenco de crianças desconhecido para a maioria, mas que conseguiu trazer para tela o sentimento de amizade, responsabilidade e união que tanto gostávamos de ver em filmes como Conta Comigo (1986) e Os Goonies (1985). Nesse segundo capítulo, ainda são as crianças que roubam as cenas nos momentos de recordações de sua versão adulta. Mesmo com o apelo dos produtores de colocar atores conhecidos como Jessica Chastain, James McAvoy, e Bill Hader, não há aquela sinergia mágica que encontramos no primeiro capítulo.

Parece que as atuações e roteiro ficaram “enlatadas”, com diálogos longos demais e desnecessários. Alguns eventos também foram esquecidos na narrativa, desconectados, deixando de lado, por exemplo, as mortes de crianças na vizinhança sem nenhum encerramento plausível! Para bem ou para o mal, é o mesmo erro que foi cometido no filme dos anos 90, onde a segunda parte (fase adulta dos personagens) não se “encaixava” com a fase da infância roubada de cada personagem.

Por fim, temos uma pequena participação de Stephen King, alguns easter eggs escondidos de outros filmes de King adaptados para o cinema e uns poucos momentos realmente assustadores.

Mesmo com todos esses problemas, para quem gosta do gênero, ainda vale a pena conferir o resultado nas telonas!

Nota: 6,5

Poderia Me Perdoar? | Crítica

A cinebiografia da escritora Lee Israel, traz Melissa McCarthy em uma performance muito diferente das comédias com as quais estamos acostumados. Neste drama onde o humor só se manifesta através do sarcasmo, a atriz precisa passar emoções, conflitos e até um cinismo que não vemos nos seus papéis mais conhecidos.

O trailer é quase um spoiler pois entrega praticamente toda a trama, mas em se tratando de uma biografia, o próprio Google já cumpre este papel.

Mas se o filme começa com a audiência já sabendo mais ou menos como vai acabar, o percurso até lá é que realmente prende o espectador. Como diz a diretora Marielle Heller no clip abaixo, impressiona como uma pessoa que não tem sucesso, tem uma certa idade e não se encaixa no perfil esperado, pode ser tornar meio que “invisível”, ou seja, até cometer crimes sem ser notada.

E para tornar este caminho ainda mais árduo, dois personagens são incluídos na trama: seu parceiro de crimes John Hock (Richard E. Grant – excelente) e Anna (Dolly Wells) com  quem Lee tem um romance. Estes são responsáveis por mostrar todas as facetas difíceis da personalidade dela – que mesmo não sendo uma pessoa má – por vezes se comporta como alguém que não se quer ter por perto.

Este filme foi indicado a 3 prêmios importantes na última cerimônia do Oscar (2019): melhor atriz, melhor ator coadjuvante e melhor roteiro adaptado. Mesmo não vencendo –  até porque nesta categoria já havia filmes com aquele perfil “ganhador de Oscar”  – definitivamente merece o seu tempo em frente à tela para curti-lo.

Nota: 7,5

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Yesterday (2019) – Cinectus já viu!

Danny Boyle chamou a atenção pela primeira vez da crítica e público no hilário Cova Rasa (Shallow Grave  – 1994) e logo depois Trainspotting (1996), porém, o filme que alavancou sua carreira foi Quem quer ser um Milionário em 2008 (Slumdog Millionaire) e 127 Horas em 2010 (127 Hours), dos quais arrecadaram diversos prêmios internacionais. De lá pra cá, não fez muita coisa para as telonas que tenha chamado tanta atenção.

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Aqui temos um Jack Malick (Himesh Patel) como um músico com dificuldade na carreira que, depois de acordar em uma linha do tempo alternativa, percebe que é a única pessoa na Terra que consegue lembrar dos Beatles. O filme faz uma bela homenagem às músicas da banda e consegue trazer algumas sacadas legais sobre o universo alternativo que o protagonista se encontra, mas para por aí…

A idéia do roteiro é muita boa, mas Richard Curtis e Jack Barth (roteiristas) poderiam se apronfudar na narrativa de forma mais intensa, levando a estória para o lado da ficção e utilizando conflitos maduros para solucionar as adversidades dos personagens. Contudo,  Boyle preferiu focar no lado romântico, deixando o resultado final com cara de Sessão da Tarde! Uma pena!

De qualquer forma, para quem curte as músicas da banda, e tá afim de ver um romance bacana, o filme não irá decepcionar!

Nota: 7

 

 

Era uma vez… em Hollywood – Cinectus já viu!

Aguardar um novo filme de Quentin Tarantino é sempre uma grande expectativa. Desde Cães de Aluguel (1992) e depois consolidado com Pulp Fiction (1994), o diretor ganhou uma legião de fãs de público e crítica, sendo um dos diretores mais aclamados de Hollywood atualmente. Com toda essa moral, ele produz, escreve, dirige (de vez em quando) atua em suas próprias produções. Não é por acaso que alguns dos atores principais e/ou coadjuvantes que conhecemos em seus filmes (Michael MadsenBruce Dern, Kurt Russell, etc.) são sempre convidados para participar do próximo, independente do tempo que ficarão em tela!

Dessa vez temos dois atores de peso, pois DiCaprio e  Pitt  se complementam  a todo instante, e mesmo quando estão separados dão um espetáculo à parte. Legal também o tema que Tarantino utilizou como pano de fundo da história, colocando DiCaprio como um ator de televisão em crise e seu dublê (Brad Pitt), onde os dois se esforçam para alcançar a fama e o sucesso na indústria cinematográfica durante os anos finais da Era de Ouro de Hollywood, em 1969, em Los Angeles.

Não é o melhor filme do diretor (outra vez!), e para um filme com a marcatarantinesca, sentimos falta daqueles diálogos memoráveis para aumentar a tensão em uma cena da qual já sabemos como vai terminar: em morte! Mas as relações e os “curtos” diálogos entre os atores e as situações de bastidores dessa época áurea do cinema em Hollywood são sensacionais!

Momentos como a discussão entre Cliff Booth (Brad Pitt) e Bruce Lee (Mike Moh), a referência aos filmes de western Spaguetti de Sergio Leone, a trilha sonora da época muito bem selecionada, a mudança dos fatos que conhecemos sobre o assassinato de Sharon Tate (interpretada por Margot Robbie) por integrantes da Família Manson, enfim, tudo isso junto traz a essência daquelas cenas icônicas que mais gostamos ver nos filmes anteriores de Tarantino.

Nota: 8.0

 

Turma da Mônica: Laços – Cinectus já assistiu!

O Cinectus se juntou a uma galerinha barulhenta e agitada para curtir a pré-estreia do novo filme da Turma da Mônica, Laços.

A obra de Maurício de Sousa dispensa apresentações, há 60 anos encantando gerações de crianças. Fosse americano teria a projeção internacional de Charles Schultz (criador de Charlie Brown e Snoopy) ou até mesmo Walt Disney.

Em Turma da Mônica: Laços, o cão Floquinho, bichinho de estimação do Cebolinha some. E o menino mais espelto do bailo do Limoeilo vai precisar da ajuda de seus inseparáveis amigos Mônica, Cascão e Magali para bolar um de seus planos infalíveis e recuperar seu cãozinho.

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Mesmo assim chegamos uma dúvida em mente: a produção do filme conseguiu trazer a magia dos quadrinhos para a tela ou é apenas mais uma a se aproveitar da moda do live action?

O filme tem gosto de bolinho de chuva, do quintal da casa da avó, das boas memórias que guardamos da infância. É um retrato bem fiel  dos quadrinhos da turma da dentuça mais fofa, e emburrada, do mundo.

O filme aproveita para brincar com essa lembrança gostosa da geração dos gibis de Maurício de Souza. Quem já leu, é fã, identifica os detalhes.

Quem não conhece ou não tem tanta intimidade, se apaixona do mesmo jeito. Talvez eu esteja sendo um pouco (completamente) parcial, mas é difícil ter distanciamento daquela menina de vestido vermelho que viveu e ainda vive em nossas lembranças.

As aventuras da turminha são inocentes, com vilões claros e final feliz, mas com ensinamentos que nunca saem de moda sobre amizade, gentileza, e até empoderamento feminino – pra repetir a palavra da moda. A verdade é que a baixinha do vestido vermelho sempre foi um exemplo de menina porreta.

O resto da turma segue o exemplo do gibi, mas os destaques do filme ficam por conta de Giulia Benitte – que interpreta a personagem principal e as participações especiais de  Rodrigo Santoro como Louco e do próprio Maurício de Souza.

Em 27 de junho de 2019, leve sua criança (mesmo que seja aquela que ainda vive dentro de você) ao cinema e curta esta aventura deliciosa.

Nota Cinectus: 8,0

Toy Story 4 (2019) – Cinectus já viu

Quando achávamos que os brinquedos mais amados do mundo do cinema terminariam sua aventura em Toy Story 3, eis que a Disney anuncia uma continuação que todos se perguntavam: realmente é necessário?

Faz 24 anos que crianças do mundo todo conheceram os personagens e hoje há uma nova geração que só conheceu os personagens por mídias e serviços de streaming. Olhando para por essa ótica e juntando tudo o que a Disney vem fazendo nos últimos anos, faz sentido dar continuidade nessa franquia de tamanho sucesso. Porém, mesmo tendo justificativas muito forte para produzir um novo filme, o risco de deixar cair a peteca, trazendo uma história repetitiva ou um cliché barato seria alto.

Isso quase aconteceu com a gestão de  John Lasseter quando a Disney ainda estava na disputa se comprava ou não a Pixar e Lasseter , depois do acordo firmado, chegou para os produtores de Toy Story 3  e falou: rasga tudo e reescreve essa M. de roteiro! Que bom para nós, pois tivemos um filme realmente maravilhoso! Tão bom que a dúvida de fazer um quarto filme sempre foi uma grande incógnita!

Voltando um pouco lá trás, Toy Story revolucionou o mercado de desenhos animados digitais em 1995 quando lançou um desenho 100% feito por computador. Nós (brasileiros) quase fomos os primeiros com o Cassiopeia (1996), mas  utilizando computadores 486-DX266 para concorrer com a Disney, entre outros problemas de produção, o filme só foi lançado alguns meses depois. Se quiser saber um pouco mais sobre o primeiro filme brasileiro que quase ganhou esse status acesse aqui.

Enfim, Toy Story 4 consegue trazer de volta nossos personagens adoráveis e, como de costume, incluir novos amigos – e dessa vez antigos também. Mas diferente dos anteriores, a importância dos brinquedos coadjuvantes mais antigos deu lugar para os novos personagens e não há um “vilão de respeito” no filme. Talvez esse seja o maior pecado da sequência! As adversidades e conflitos estão presentes, tanto entre os novos personagens quanto nos locais aonde os brinquedos se encontram (antiquário e parque de diversão), porém o sentimento que traz ao terminar a aventura é que, dentre todos os anteriores, esse é o “mais fraco”.

Talvez porque cada nova aventura de Toy Story praticamente superava a anterior, e isso gerou uma expectativa bem alta, pelo menos para o Cinectus. Ainda assim Toy Story 4 é um belo desenho e consegue trazer de volta o cowboy e o astronauta mais amado por crianças e adultos de todo mundo, numa aventura que parece ser última…mas só parece!

Nota: 8,0

 

Brightburn (2019) – Crítica

Nem todo alienígena com aparência humana que vem do espaço é bonzinho! Partindo dessa premissa, os irmãos  Brian Gunn e Mark Gunn se juntaram ao diretor de Guardiões da Galáxia (2014) – David Yarovesky –  para montar um filme conceito, desconstruindo um herói semelhante ao Superman, porém mal que nem o demônio! Como a chamada do filme já diz: Brandon Breyer não está aqui para salvar o mundo!

Para um filme do gênero suspense/terror, ele funciona melhor do que para o estilo de um vilão adaptado dos quadrinhos. Como foi muito bem no cinema americano e internacional – com uma arrecadação 3 vezes maior que sua produção, a chance de termos uma continuação é grande. Talvez os produtores sigam a mesma fórmula de Corpo Fechado (2000) numa trilogia, até porque há elementos evidentes no filme que ainda precisam de respostas.

Para quem curte o gênero suspense e terror é uma boa pedida, quase um filme B. Já para quem vai esperando ver um vilão de quadrinhos no estilo Marvel pode se decepcionar.

Nota: 7,0